A direita deve encolher, a esquerda deve crescer e o centro deve se manter estável na Câmara dos Deputados eleita no próximo domingo (2), aponta projeção feita pela Quaest com base nos índices de popularidade digital dos 24.500 candidatos pelo país.
Os partidos com tendência conservadora, porém, continuarão ocupando quase metade das 513 cadeiras da Casa, enquanto os outros dois grupos ainda terão cerca de um quarto cada um, de acordo com os cálculos da empresa de consultoria e pesquisa.
Os parlamentares de direita recuam de 253 atualmente para 245, os de esquerda avançam de 121 para 129, e os de centro seguem com 139 no levantamento, cujo intervalo de confiança que varia conforme a legenda, conforme indicado nos gráficos abaixo.
Essa mudança nos espectros políticos se reflete, consequentemente, nas possíveis bancadas de apoio a Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Os partidos que formam a atual coligação do presidente (PL, PP e Republicanos) ou que tendem a posições próximas a ele (PTB, PSC e Patriota) perderiam 13 vagas, passando de 194 para 181, o equivalente a pouco mais de um terço da Câmara.
Já a coligação do petista, formada por um número maior de siglas que inclui duas novas federações (PT/PV/PC do B e PSOL/Rede), somada a outras que tendem à sua bancada (PSD, MDB, PDT), se ampliaria de 222 para 234, quase metade do plenário.
Os demais partidos, entre eles União Brasil, PSDB, Cidadania e Novo, apenas oscilariam de 97 para 98.