O Índice Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2021 mostra que Salvador segue cumprindo todas as metas previstas pelo indicador, com significativo avanço nos anos finais do ensino fundamental e aparecendo em terceiro lugar entre as capitais nordestinas quando são avaliados os anos iniciais.
Nos anos finais, a capital baiana passou de 3,9 em 2017 para 4,3 em 2019, chegando à nota de 4,7 em 2021. A meta para essa faixa, também chamada de Ensino Fundamental II, era de 4,5. Já no Ensino Fundamental I, os chamados Anos Iniciais, a cidade teve nota 5,4, também acima da meta, de 5,1. Entre as capitais do Nordeste, Salvador teve a terceira maior nota, atrás somente de Teresina (6,3) e Fortaleza (5,8).
Somente na atual gestão, foram inauguradas 13 escolas, com outras 23 unidades em licitação ou construção. A previsão é de que, até o começo do próximo ano, a capital chegue a 36 novas escolas. Desde o começo da atual administração, foram ainda 133 escolas reformadas. No total, mais de 75% da rede foi requalificada, com escolas novas, construídas, reconstruídas, reformadas ou ampliadas.
O prefeito Bruno Reis destacou que o resultado obtido no Ideb é fruto de um trabalho de requalificação e modernização da rede municipal associado às ações de valorização e melhoria das condições de trabalho para os profissionais da educação. “Nós requalificamos praticamente todas as escolas municipais, num trabalho iniciado pela gestão do ex-prefeito ACM Neto e intensificado por nós. Educação para nós é prioridade e hoje podemos celebrar que superamos as metas propostas pelo Ideb”, disse.
O chefe do Executivo municipal ressaltou ainda os investimentos que estão sendo feitos em tecnologia, de forma a ampliar a inclusão digital nas escolas e garantir que os alunos tenham acesso a mais ferramentas para o processo de aprendizado. “Trouxemos para Salvador as Escolabs, em parceria com o Google, criamos o Subúrbio 360 e vamos entregar 106 mil tablets para os estudantes e 8 mil chromebooks para professores da rede municipal. Seguiremos investindo para qualificar a rede e valorizar nossos professores”, salientou.
Investimentos – Além dos investimentos na rede física, a Prefeitura também desenvolve o programa Pé na Escola, que ampliou o acesso das crianças no segmento da Educação Infantil. Na prática, a administração municipal compra vagas em escolas particulares para que os estudantes que não conseguiram vaga na rede pública tenham onde estudar. A capital conta com 58 unidades escolares parceiras, ofertando 7.267 vagas de creche e 6.626 de pré-escola, totalizando 13.893 vagas. O investimento é de aproximadamente R$55 milhões.
O secretário municipal da Educação (Smed), Marcelo Oliveira, afirmou que os investimentos nas melhorias em toda a rede são constantes. Somente este ano, ele pontua, a Prefeitura já entregou cinco escolas totalmente reconstruídas. “Desde o ano passado, mais de 150 escolas da nossa já foram reformadas ou estão passando por intervenções, de forma a melhorar o ambiente de ensino e aprendizagem tanto para os estudantes quanto para os professores”, disse o secretário.
Desde a gestão passada, a capital tem investido na educação acima do mínimo constitucional de 25% da receita corrente líquida. No ano passado, mesmo desobrigado a cumprir o percentual em função da pandemia, o prefeito também aplicou acima do índice.
Ainda na ocasião, Salvador universalizou o acesso à pré-escola, a faixa de crianças entre 4 e 5 anos, com cobertura de 98,8%, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2019.
Com relação à taxa de crianças matriculadas em creches nos anos iniciais (de 0 a 3 anos) em Salvador, o município alcançou 43,6% no ano passado, estando entre as sete capitais com maior índice de escolarização. Em 2010, o censo mostrava que a cidade atendia apenas 29,47% das crianças de 0 a 3 anos de idade e 88,5% das crianças de 4 e 5 anos nas unidades de ensino municipais.