Pároco da Igreja Nossa Senhora da Vitória, em Salvador, o padre Luís Simões se manifestou politicamente em um grupor de troca de mensagens mantido por fiéis da igreja. O religioso afirmou que a eleição desse ano, polarizada entre o ex-presidente Lula (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL), pode interferir na liberdade religiosa.
"Corremos riscos de sermos atacados por tantos que ameaçam a liberdade religiosa do Brasil! Olhem a Nicarágua, Chile e outros países da América Latina", escreveu o padre.
Procurada para comentar a posição do padre, a Arquidiciocese de São Salvador da Bahia afirmou que "a Igreja Católica Apostólica Romana não assume nenhuma candidatura e nenhum partido político, mas incentiva os cristãos leigos e leigas, que têm vocação para a militância político-partidária, a se lançarem candidatos".
Recentemente, o o Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Cardeal Dom Sergio da Rocha, escreveu um artigo sobre ética nas eleições. No texto, o religioso defende que "A discussão de ideias políticas não pode ser motivo para agressões ou para a divulgação de fake-news. A polêmica ofensiva deve ceder espaço para o diálogo construtivo em que as propostas políticas sejam claramente apresentadas. A busca honesta da verdade possa prevalecer sobre as fake-news. O crescimento da influência das redes sociais na vida política merece especial atenção para o exercício consciente e responsável da cidadania. É necessário redobrar o cuidado com as informações veiculadas, por mais curiosas que possam ser, procurando conferir a sua veracidade, sempre que oportuno, antes de compartilhar com pessoas ou grupos".