Bahia

Líderes do Movimento de Resistência Camponesa são presos após protesto em Trancoso

Nesta sexta (16), eles seguem presos e devem passar por audiência de custódia

Divulgação
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Três líderes do Movimento de Resistência Camponesa foram presos na última quinta-feira (15), em Trancoso, no sul da Bahia. Segundo a polícia, os homens tinham mandado de prisão em aberto e participaram da interdição de dois trechos da BA-001, que ligam Trancoso e Caraíva. 

Nesta sexta (16), eles seguem presos e devem passar por audiência de custódia.

De acordo com as polícias Civil e Militar, os mandados de prisão foram cumpridos pela suspeita dos crimes de associação criminosa, estelionato, danificação e corte de árvores de floresta de preservação permanente, poluição ambiental, constrangimento ilegal, ameaça, esbulho possessório e poluição ambiental qualificada pelo lançamento de resíduos sólidos em desacordo com as exigências legais.

As prisões aconteceram durante o protesto do Movimento de Resistência Camponesa (MRC), que ocupava ilegalmente a Fazenda Itaquera, Conjunto Rio dos Frades, em Trancoso. Na quinta, equipes da PM e da PC foram até o local para cumprir a ordem judicial de reintegração da área.

No caminho, os policiais encontraram as vias da BA-001,que dá acesso à fazenda, bloqueadas com pneus e outros materiais, que foram incendiados pelos manifestantes.

Houve confronto entre o grupo e os agentes. De acordo com os oficiais, o uso de força foi necessário porque enquanto a via era desobstruída pelas equipes, os manifestantes atiraram pedras, pedaços de pau, garrafas de vidro e coquetéis molotov contra os policiais.

Já mais próximos da fazenda, os militares e os manifestantes trocaram tiros. O grupo teria roubado um caminhão, o atravessado na vida, e iniciado os disparos.

Após os dois confrontos, as equipes conseguiram entrar na fazenda e iniciar o processo de reintegração de posse, que pode durar até três dias.

As pessoas suspeitas de atirar contra os policiais fugiram do local. Além dos três suspeitos, outras pessoas foram presas por desacato à autoridade durante o protesto, mas já foram liberadas.