O Conselho Fiscal do Bahia apresentou o exame de contas do segundo trimestre de 2022. No documento, foi apontada a falta de recolhimento do FGTS, Contribuição Previdenciária, IRRF e falta de pagamentos dos parcelamentos do Profut e Perse.
O caso gerou um alerta acerca do controle orçamentário, financeiro e operacional por parte da diretoria executiva e sinaliza a exposição do clube a riscos trabalhistas, previdenciários, tributários, contratuais e de imagem.
“O resultado deficitário verificado no período, bem como os desafios de caixa e o passivo a descoberto registrado pelo clube reforçam a exigência de um permanente controle orçamentário, financeiro e operacional por parte da DE. Cabe salientar, ainda, a preocupação reiterada deste Conselho Fiscal quanto à gestão das dívidas de curto prazo”, diz trecho do relatório feito pelo CF.
O ex-vice-presidente e ex-diretor do clube, Pedro Henrique mostrou a sua insatisfação com a atual gestão da diretoria executiva. Segundo ele, a torcida está ansiosa à espera da SAF, mas a situação não parece ser das melhores.
“Se dentro de campo os últimos atos do Bahia democrático tendem a ser positivos (com o acesso) fora dele as coisas passam longe de estar bem! Hj tive acesso ao exame das contas do 2º trimestre desse ano do Bahia. O cenário é triste. Mais q isso: é vergonhoso. Já havia visto denúncias em rede social sobre o não recolhimento do FGTS, e o CF ratifica essa informação. Essa prática nós vimos no Bahia em outras épocas..!O Bahia não recolheu as contribuições previdenciárias e IRRF no período e também no 1º trimestre! Isso é apropriação. Conduta tipificada penalmente! Imagine que você retém o imposto de renda no pagamento do seu funcionário e, em vez de repassar ao fisco, fica para você! Não pode! Bahia está em atraso no PERSE (“parcelamento” q “regulariza” questões fiscais). Isso expõe a risco de perder esse parcelamento. Imagino que se conte com morosidade administrativa e com possível injeção financeira da transformação em SAF p/ regularizar antes q algo pior ocorra. Com tudo isso exposto – e na expectativa de uma boa proposta do Grupo City que traga profissionalização duradoura para o clube – não há dúvidas sobre como morrerá a democracia tricolor: diante de um estrondoso aplauso!", publicou no twitter.
Em nota do Esporte Clube Bahia, enviada para o portal A Tarde, o clube afirma que as dívidas estão perto de uma resolução. Confira:
“O Bahia informa que já pagou R$20 milhões em dívidas antigas apenas em 2022 e se encontra em dia com salário, direito de imagem, acordão trabalhista, acordo do Oportunity, acordo da BWA, entre outras obrigações, e cada vez mais próximo de finalmente equilibrar as contas.
Os reflexos da pandemia e do descenso à Série B tornaram esse trabalho um desafio diário, mas o clube pode assegurar ao seu torcedor que o pior já passou.
A situação do Perse também está ajustada, sem risco. Neste momento o Bahia aguarda a compensação dos seus créditos relativos à Timemania para quitar os valores em aberto, que inclusive são superiores ao débito em questão. Os repasses, além disso, já aconteceram no dia 5 de agosto.
O cenário encontra amparo no artigo 7º do parágrafo".