O presidente da Câmara Municipal de Salvador, Geraldo Jr. (MDB), reagiu neste sábado (10) a decisão do juiz Pedro Rogério Castro Godinho que considerou irregular a formação das comissões na Casa legislativa municipal e determinou a suspensão das mesmas. A liminar foi acatada atendendo pedido do União Brasil. Geraldo afirma que recebeu a decisão com "surpresa e indignação".
Na decisão, a Justiça considerou irregular a formação das comissões por não respeitar a proporcionalidade partidária, além do fato dos representantes não terem sido indicados pelas legendas, mas sim pelo presidente da Casa. A liminar ainda determinou que as comissões deverão voltar a ter a formação anterior à indicação dos membros pelo presidente da Casa.
“Acho que o ex-prefeito [ACM Neto] e o atual prefeito[Bruno Reis] da cidade de Salvador não avaliaram os efeitos nefastos que serão sentidos pela população, pelos servidores públicos e por aqueles que foram beneficiados pelos projetos votados em nossa Casa este ano”, afirmou Geraldo.
De acordo com o emedebista, todas as matérias votadas e aprovadas originadas do poder Executivo serão suspensas, não poderão vigorar, o que afetaria diretamente diversas categorias que foram beneficiadas com projetos aprovados no legislativo municipal. Sendo assim, ele classifica o pedido ddo nião Brasil como "tiro no pé".
“Essa ação além de tudo se constitui no desrespeito a Casa e aos vereadores […] Todos esses projetos foram votados e chancelados pela base do prefeito. Será que vou ter que pedir à TV Câmara os vídeos para comprovar a votação de cada um deles? Inclusive, do líder do governo [Paulo Magalhães Jr.]”, questionou.
“Só posso achar que os líderes do União Brasil estão brincando com a vida das pessoas […] Sem dúvida alguma um tiro no pé”, concluiu o candidato a vice-presidente na chapa de Jerônimo Rodrigues (PT), ao governo da Bahia.
Vale lembrar que desde a reeleição de Geraldo Jr. para a presidência da Câmara no biênio 2023-2024 e a sua escolha de concorrer a vice-governador, a relação entre a prefeitura de Salvador e o líder do legislativo municipal começou a estremecer. Vereadores ligados à gestão municipal também têm utilizado a Justiça para resolver seus conflitos políticos com o presidente da Câmara.
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