Política

Junto à Anaí, Tâmara Azevedo visita aldeias indígenas no Sul da Bahia ameaçadas por pistoleiros

Divulgação
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Com a presença de agentes da Associação Nacional de Ação Indigienista (Anaí), a candidata do PSOL ao Senado na Bahia, Tâmara Azevedo esteve neste domingo (24) em Porto Seguro, visitando as aldeias pataxós Córrego da Cassiana e Boca da Mata.

Nesta segunda-feira (25), ela acompanha com a indigienista Gerusa Sobreira o sepultamento de Gustavo Silva da Conceição, da  Aldeia Alegria Nova, localizada no Território Indígena Comexatiba, na cidade de Prado, a 200km de Porto Seguro.

Gustavo e outro jovem identificado como Pablo, ambos de14 anos, foram assassinados na madrugada de domingo madrugada por pistoleiros durante um ataque à ocupação em uma fazenda que fica no perímetro do T.I, já demarcado pela Funai.

O grupo ocupava uma fazenda quando foi atacado por homens em um carro Fiat Uno que chegaram, fortemente armados, e dispararam contra crianças, mulheres e jovens. Atingido na cabeça, Gustavo Silva da Conceição chegou a ser socorrido e levado ao Hospital Teixeira de Freitas, mas não resistiu e faleceu.

Pablo também foi ferido e a sua morte foi confirmada durante a tarde.

A psolista ressalta que a política do governo Bolsonaro contribui para o acirramento das disputas por território e para o clima de violência na região.

"Os pataxós estão sofrendo absurdos aqui no Sul da Bahia com pistoleiros, fazendeiros que se sentem ainda mais à vontade com o aval dado por Bolsonaro para o uso desenfreado de armas e a total desvalorização dos povos indígenas", declarou a candidata do PSOL.

"Não é possível que essa situação continue dessa forma, que nossos indígenas passem por isso, é um retrocesso enorme no Brasil do governo Bolsonaro, desse desgoverno infeliz que atenta contra a vida do nosso povo", completou.

Apesar dos relatos nos últimos anos dos casos na Amazônia, Tâmara lembra que os indígenas da Bahia, em especial na região do litoral sul, estão sendo alvos de ataques pesados que tem resultado mortes.

"Todos falam da Amazônia, mas não podemos esquecer dos nossos territórios. Gente, vamos nos unir em defesa dos nossos povos originários. Vidas estão indo embora por conta da ganância de posseiros, a mando de pistoleiros, que não cansam de intimidar e matar", lamenta.