Mesmo com a confirmação de que o Carnaval 2023 vai acontecer ainda na Barra, os envolvidos com a festa momesca ainda debatem sobre a mudança para a Boca do Rio em 2024. Contudo, o presidente do Conselho Municipal do Carnaval (Comcar), Joaquim Nery, essa discussão não deve ser feita neste momento.
Segundo Nery, a discussão deve ser iniciada a partir da conclusão das obras na localidade comandadas pela prefeitura de Salvador. Em conversa com o Portal Salvador FM, nesta quinta-feira (1º), durante lançamento do camarote Club, o presidente do colegiado citou outras prioridades.
“Vamos focar agora no carnaval 2023. Para isso, precisamos requalificar o desfile, liberar os corredores, regulamentar espaços de ambulantes e estruturas construídas durante o carnaval, que não podem prejudicar como um todo. Com relação ao futuro do Carnaval, precisamos passar por 2023 e ver como vai ficar o projeto da Orla. Não adianta a gente pensar em mudar para 2024 e o espaço estar em obra, temos que ter garantia de finalizar o projeto”, defendeu o empresário.
Questionado sobre revitalizar os circuitos já existentes antes de se pensar em uma mudança, o presidente do conselho acredita que o poder público é que precisa garantir atrações de peso no Campo Grande. “Carnaval da Bahia é feito por dois modelos de atrações. As grandes atrações são bancadas pela venda dos tíquetes, ou seja, pelos abadas, ou bancadas por patrocinador ou o poder público. A venda do tíquete depende do que o folião deseja e por isso a concentração maior do Carnaval é na Barra. O poder público é o maior patrocinador da festa e que pode influenciar nos seus parceiros, pode fazer uma grade mais equilibrada. Essas [atrações] podem ser direcionadas para o Campo Grande”, defendeu.