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"Militarismo é doutrina de guerra, não serve para educar", analisa Kléber Rosa

Professor do EJA, o psolista conta que conviveu nos últimos anos com o fechamento de escolas com a justificativa da falta de alunos

Vagner Souza /Salvador FM
Vagner Souza /Salvador FM

O candidato do PSOL ao Governo da Bahia, Kléber Rosa, apontou as diretrizes do seu programa de governo para a área da educação, em entrevista ao BN no Ar, na tarde desta terça-feira (30).

Investigador da Polícia Civil há mais de 20 anos, Kléber Rosa defendeu uma reforma pedagógica que afaste qualquer aproximação com a militarização nas escolas.

"Temos que reestruturar o conceito de revisão pedagógica. Militarismo não é educação, é doutrina de guerra e deve permanecer no Exército. Não serve para educar pessoas, pois pressupõe uma hierarquia absoluta. Vai na contramão da educação da possibilidade de estimular a capacidade de reflexão crítica", pontuou, propondo valorizar teóricos como Paulo Freire e Anísio Teixeira.

Professor do EJA, o psolista conta que conviveu nos últimos anos com o fechamento de escolas com a justificativa da falta de alunos. Entretanto, cerca de 13% dos baianos ainda são analfabetos.

Kléber ressalta que é importante primeiro combater a evasão escolar e garantir a permanência dos estudantes, que não são só aqueles que estão matriculados e dentro das salas de aula.

"Precisamos de uma política que garanta enfrentar o analfabetismo e a evasão escolar. Tratar os educandos fora da escola como público alvo para trazer para a escola", disse.

O postulante citou ainda a reforma no conteúdo pedagógico e também a criação de um programa com creches noturnas, para dar tranquilidade a pais e mães que trabalham à noite.