Eleições

Em entrevista ao JN, Ciro Gomes sugere plebiscitos e defende taxar grandes heranças

Pedetista também fez críticas ao PT e associou o "populismo" do partido à Venezuela

Reprodução/TV Globo
Reprodução/TV Globo

Segundo candidato a participar da sabatina do Jornal Nacional, da Rede Globo, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) afirmou nesta terça-feira (24) que pretende criar plebiscitos para resolver possíveis impasses no Congresso Nacional, caso seja eleito.

De acordo com o pedetista, seria uma forma de não ficar refém de negociatas que hoje seriam necessárias para aprovação ou para rejeitar projetos no Legislativo. 

"Persistiu o impasse nesse ou naquele ponto, chama o povo para votar diretamente através de plebiscito", sugeriu.

Prontamente ele foi indagado pela apresentadora Renata Vasconcellos, que questionou se a resolução por meio de um plebiscito popular não iria enfraquecer o que temos como democracia representativa.

Ciro reagiu e disse preferir se inspirar em modelos de países da Europa do que em outros que julga fracassado, como na Venezuela, que segundo ele é repetido no Brasil pelo PT.

"Eu acho o regime da Venezuela abominável. É muito clara a minha distinção com esse populismo que infelizmente o PT replica aqui, na Nicarágua, acho tudo isso trágico", explicou.

Sobre o clima de polarização com dois candidatos bem a frente dos demais, Ciro acredita que é uma tentativa de repetir 2018 e nega que tenha ajudado a acirrar os ânimos e contribuído para o cenário.

"Estou tentando mostrar ao pobre brasileiro essa polarização odienta, que eu não ajudei a construir, pelo contrário. Eu estava lá em 2018 tentando advertir que as pessoas não podiam usar a promessa enganosa do Bolsonaro para repudiar a corrupção generalizada e o colapso econômico gravíssimo que foram produzidos pelo PT", declarou.