Polícia

Após ocorrências com motoristas de aplicativo, Átila do Congo se reúne com titular e cúpula da Segurança Pública

Ocasião aconteceu na segunda-feira (22) na secretaria da Segurança Pública (SSP), no CAB

Divulgação
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O presidente do Sindicato dos Motoristas por Aplicativo e vereador, Átila do Congo (Patriota) se reuniu com o secretário de Segurança Pública, Ricardo Mandarino e a cúpula da pasta nesta segunda-feira (22) após a Bahia registrar mais de 600 casos de furtos/roubos e seis latrocínios no primeiro semestre deste ano contra motoristas por aplicativo.  

Entre os pontos debatidos para reduzir os impactos da violência urbana contra os profissionais, ficou acordado o reforço nas ações preventivas, como blitzes, nas 24 cidades baianas em que há profissionais rodando. 

Átila avalia como positivo o encontro com o órgão de segurança e cobra do Judiciário para endurecer as penas de suspeitos. “Não basta a polícia prender se a Justiça deixa a brecha da audiência de custódia para libertar esses bandidos em poucas horas, fazendo com que a vida do crime valha a pena. Estamos cansados de chorar a dor dessas famílias que perdem pais, filhos e irmãos de uma forma tão cruel, enquanto eles trabalham”, brada. 

Ainda na reunião, ficou acordado um novo encontro com a participação de representantes das empresas dos aplicativos e o Ministério Público para que seja cumprido um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para que haja paridade no cadastro dos usuários com a exigência obrigatória de foto e documento, assim como é feito com os profissionais, trazendo mais segurança nas corridas. A demanda já existe em ata, assinada em 2019, ano de regulamentação da atividade na capital baiana.  
 
“A insegurança é um infeliz realidade das metrópoles, mas as empresas que insistem em recuar na responsabilidade daqueles que trabalham horas por dia para garantir que o dinheiro chegue ao topo, não oferecem nenhum tipo de resguardo, nada para eles ou os familiares. Não podemos esquecer também do Governo Federal que liberou incentivo para caminhoneiros e taxistas, os motoristas por app ficaram sem nenhuma verba, isso é inadmissível. Precisamos de respeito e apoio”, lamenta.

Dados

Só este ano, até 20 de agosto, mais de 600 profissionais foram vítimas de roubo/furtos na Bahia. O ano acumula 6 latrocínios na capital (1), em Simões Filho (1), Itapetinga (1), Feira de Santana (2) e Ilhéus (1). A média diária é de 2,8 ocorrências policiais envolvendo a categoria. 

No mesmo período do ano passado, foram 551 casos de furtos/roubos, uma média de 2,6 de notificações por dia. Quanto aos latrocínios, em 2021, foram dois casos, em Salvador.