O vereador Kiki Bispo (União Brasil) criticou nesta terça-feira (16) a audiência agendada pelo presidente da Câmara, Geraldo Jr (MDB), com a cúpula da Secretaria de Segurança Pública (SSP) para tratar de um “reforço” policial na Casa. Para Kiki, Geraldo deveria ocupar o expediente da SSP para falar da crise de insegurança no estado, que é líder em homicídios no Brasil, e não com questões internas do Legislativo Municipal.
“Geraldo poderia aproveitar essa audiência na SSP para falar dos graves problemas de violência em Salvador, e não para fazer politicagem. Deveria, por exemplo, falar da situação das crianças que se jogaram no chão com medo de balas perdidas em uma escola no Nordeste de Amaralina, caso este que ganhou repercussão nacional”, afirmou Kiki.
O vereador ressaltou que a Câmara Municipal é um ambiente de diálogo. “Mas o que estamos vendo, com a condução de Geraldo, é a falta de diálogo. A Câmara precisa de democracia, precisa reativar o Colégio de Líderes, precisa de cumprimento do Regimento Interno. A Casa tem um corpo militar grandioso, que é suficiente para garantir a segurança do Legislativo”, salientou.
Mesmo dispondo de segurança da Câmara, Geraldo, candidato a vice-governador na chapa do PT, divulgou que teria uma audiência com o secretário de Segurança Pública, Ricardo Mandarino, e com a delegada geral de Polícia, Heloísa Brito, para pedir reforço e oficializar um registro de ocorrência, por se sentir “ameaçado”. “Ele deveria usar o experiente da SSP para falar da crise de insegurança no estado, não para tratar de questões internas da Casa”, salientou.
Para Kiki, o presidente da Câmara tenta usar politicamente o aparato estatal para fazer campanha. “Geraldo age como um tirano na Câmara, desrespeita decisão judicial e agora, por ser aliado do governador, quer usar a Secretaria de Segurança Pública em benefício próprio. O poder definitivamente lhe subiu à cabeça”, completou o vereador.