O candidato à Presidência da República esteve em Salvador, nesta quinta-feira (11), ao lado da candidata a vice, Ana Paula Matos e uma comitiva do PDT. Após acompanharem a missa na Igreja do Bonfim, Ciro Gomes conversou com a imprensa e, ao ser questionado sobre sua participação em atos “Fora Bolsonaro”, não titubeou: “qualquer coisa que tiver ‘fora Bolsonaro’, eu estou dentro”.
Contudo, o presidenciável ponderou que não quer fazer uma política extremista. “Nessa hora temos que não misturar as iniciativas, pois um dos erros graves que a esquerda petista cometeu foi cooptar todas as estruturas autônomas da sociedade civil e ao invés de representar essas estruturas, elas passaram a ser mecanismo de propaganda e o resultado foi Bolsonaro nos dar uma lavada de quase 79% dos votos no segundo turno”, relembrou em conversa com o Portal Salvador FM.
Ainda questionado sobre às críticas contra o ex-presidente Lula, o pedetista reforçou que não enxerga a sociedade brasileira dividida entre esquerda e direita. “O mar que eu miro é o da nação brasileira. Eu não vejo o povo brasileiro dividido entre esquerda e direita porque senão teria que aceitar que 70% do eleitorado de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul é de direita. Isso não é direita. A explicação é a sofrida frustração que o povo brasileiro teve. Bolsonaro não desceu de marte. Bolsonaro era um deputado federal corrupto do baixíssimo clero. Bolsonaro foi eleito porque o PT produziu a maior crise econômica do Brasil”, continuou.