Bahia

Salvador supera atendimentos do CadÚnico realizados em 2021, com 179.145

No ano passado, foram feitos 140.609 atendimentos

Jefferson Peixoto/Secom
Jefferson Peixoto/Secom

Em apenas sete meses, Salvador superou o número total de atendimentos do Cadastro Único (CadÚnico) realizados em todo ano de 2021. Em 2022, já são 179.145 famílias beneficiadas, entre novos cadastros e atualizações. No ano passado, foram feitos 140.609 atendimentos. 

Além disso, a capital baiana alcançou o índice de 81% de atualizações para o CadÚnico, de acordo com o cruzamento de dados feito entre o Sistema de Benefícios da Prefeitura (Sigeb) e os dados do Sistema de Benefícios do Cidadão da Caixa Econômica Federal – (Sibec). Na cidade, o cadastramento das famílias é realizado pela Secretaria de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre).  

Conforme informações do setor de Gestão do Cadastro Único da Sempre, até o mês de junho deste ano, 425.938 famílias estavam inscritas no CadÚnico. Desse total, conforme a folha do Sibec, de agosto deste ano, aproximadamente 275 mil famílias recebem o Auxílio Brasil, sendo 253.431 classificadas como de extrema pobreza (renda per capita de até R$ 105,01), enquanto 21.099 se enquadram como situação de pobreza (renda per capita de até R$ 210). 

O gestor ressaltou que a Prefeitura tem feito, ainda, uma busca ativa para mapeamento das demandas em todos os bairros de Salvador para a inclusão de novos cadastros. Foram disponibilizados atendimentos em 29 pontos da cidade, além de ações semanais através do CadÚnico Itinerante, em bairros afastados das sedes dos serviços e até das Prefeituras-Bairro, fazendo o serviço chegar a quem mais precisa. 

Somente através do CadÚnico Itinerante, que tem como objetivo descentralizar as demandas da comunidade ao alcançar bairros que estão em situação de maior vulnerabilidade, foram efetuadas pela pasta, de janeiro a julho de 2022, mais de 130 ações em quase 100 comunidades, com 3,8 mil atualizações cadastrais realizadas e 5,4 mil novas inscrições no Cadastro Único. 

Aumento da pobreza

De acordo com o levantamento do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV Social), o contingente de pessoas com renda domiciliar per capita de até 497 reais mensais atingiu 62,9 milhões de brasileiros em 2021, cerca de 29,6% da população total do país. Este número corresponde a 9,6 milhões a mais de novos pobres, em comparação a 2019, surgidos ao longo da pandemia de Covid-19. Os dados mostram o empobrecimento da população brasileira, refletindo diretamente no aumento da procura pelos benefícios sociais.