O deputado federal Marcelo Nilo (Republicanos) relembrou a sua briga pessoal com o deputado Félix Mendonça Jr (PDT) no passado, quando esteve no PDT e disputavam a presidência da sigla na Bahia. À época, Nilo disse que tinha maioria do apoio dos diretórios, mas Félix se queixou e gerou um incômodo que terminou com um desentendimento que perdura ainda hoje.
"Só tenho um inimigo na vida, que é Félix Mendonça, na política e na vida. Brigamos e quase chegamos às vias de fato. Ele me xingou e eu xinguei ele", relatou em entrevista ao podcast Fora do Plenário, da Salvador FM.
Segundo Marcelo Nilo, a confusão se estendeu para troca de mensagens ofensivas, onde teria chamado Félix de 'filhinho de papai'. A réplica veio com um ataque pessoal, de acordo com o deputado que hoje faz parte da base de ACM Neto (UB).
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"Ele disse para mim: pelo menos eu sei quem é meu pai", disse Nilo, que respondeu com palavras 'impublicáveis'.
A resposta de Nilo foi parar na Justiça, mas não prosperou. À época, a irmã de Félix, Andréa Mendonça, que depois foi secretária no governo Jaques Wagner e na Prefeitura de Salvador, teria o acusado de xingá-la durante a briga, o que Nilo garante não ter acontecido.
"Jamais xingaria uma mulher", afirmou.
Toda essa rixa pessoal voltou à tona este ano, quando Marcelo Nilo foi cotado como favorito para ser o vice de ACM Neto na eleição ao Governo da Bahia. A partir daí Félix Mendonça teria iniciado uma ofensiva e ameaçou romper com Neto.
"O PDT ameaçava romper, ganhava uma secretaria, ameaçou romper de novo, ganhou outra", conta Nilo.
O estopim teria sido um 'dossiê' encomendado por Félix com denúncias sérias contra Nilo quando ele presidiu a Assembleia Legislativa da Bahia (Alba). O antigo aliado do governo Rui Costa (PT) conta que, apesar de ACM Neto ter sido avisado do relatório, isso não pesou em sua decisão para rifá-lo da vice e escolher a empresária Ana Coelho (Republicanos).