O ministro da Economia, Paulo Guedes, admitiu em entrevista nesta quarta-feira (3) que o governo Bolsonaro furou o teto de gastos com a aprovação da PEC dos Auxílios, a despeito do que defendia a sua gestão.
Guedes afirmou, entretanto, que apesar da medida contraditória, tudo é feito com base na "responsabilidade fiscal". A PEC permitiu o governo financiar o Auxílio-Brasil pelo resto do ano e ampliar o valor de R$ 400 para R$ 600.
"Se perguntam, vocês violaram o teto [de gastos]? Sim, porque o teto é para impedir o crescimento do governo. É para não deixar o governo crescer tanto. Está tudo dentro da responsabilidade fiscal", afirma Guedes.
"Estamos à frente de outros países", complementou o ministro, durante o Expert XP, em São Paulo.
Aprovado no governo Michel Temer, o teto de gastos limita a despesa máxima que o governo pode ter equivalente ao Orçamento do ano anterior, e que atinge áreas fundamentais como saúde, educação e segurança.
Apesar da inflação acumulada de 11,89% no último ano e 10,1 milhões de desempregados, Guedes reiterou que a situação econômica tem melhorado no país.