O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), calculado pelo IBGE, ficou em 0,28% na Região Metropolitana de Salvador (RMS) no mês de julho. O IPCA-15 funciona como uma prévia da inflação oficial do mês, indicando os preços coletados entre 14 de junho e 13 de julho.
Os dados mostram que na RMS, o indicador apresentou desaceleração em relação ao mês anterior (havia sido de 1,16% em julho) e foi o menor índice mensal em quase 2 anos, desde o apresentado em setembro de 2020 (0,18%).
No entanto, o índice ainda foi o 4º mais alto entre as 11 áreas pesquisadas pelo IBGE, ficando abaixo apenas dos registrados nas regiões metropolitanas de Recife (0,87%), Fortaleza (0,42%) e São Paulo (0,35%).
No Brasil, a prévia da inflação de julho ficou em 0,13%, com quatro locais apresentando deflação: o município de Goiânia (-0,98%) e as regiões metropolitanas de Curitiba (-0,31%), Belém (-0,31%) e Rio de Janeiro (-0,10%).
Com o resultado de julho, o IPCA-15 acumula alta de 6,81% no ano de 2022, na RMS. O índice é o mais elevado dentre os 11 locais pesquisados e acima do registrado no Brasil como um todo (5,79%).
No acumulado nos 12 meses encerrados em julho, o IPCA-15 da RM Salvador também desacelerou e ficou em 12,74% (frente a 13,26% até junho). Mas o índice continua acima do nacional (11,39%) e é o 2º mais alto do país, abaixo apenas da RM Curitiba (12,75%). Em julho, o indicador acumulado em 12 meses seguiu maior que 10,00% em 10 dos 11 locais pesquisados, com a única exceção sendo a RM Belém (9,10%).
Despesas com transportes (0,74%) puxam IPCA-15 de julho na RMS
De acordo com o IBGE, o IPCA-15 de julho na Região Metropolitana de Salvador (0,28%) foi resultado de aumentos nos preços médios de seis dos nove grupos de produtos e serviços que formam o índice. Desses grupos, quatro aumentaram mais do que em junho.
Os grupos transportes (0,74%) e alimentação e bebidas (0,44%) foram os que mais contribuíram para a alta do IPCA-15 de junho na RM Salvador.
Apesar da queda na gasolina (-1,72%), os transportes apresentaram aumento de preços, puxado pelo ônibus urbano (7,46%), que foi o item que mais pressionou a inflação da região. Além disso, o óleo diesel (9,91%) apresentou o maior aumento absoluto no mês.
Já o resultado da alimentação ocorreu, principalmente, por conta dos aumentos de preço do leite e derivados (4,50%) e dos panificados (3,67%), em especial do leite longa vida (9,83%) e do pão francês (4,43%).
No mesmo grupo houve redução de preço nos tubérculos, raízes e legumes (-9,65%), em especial no tomate (-10,47%) e na cenoura (-18,71%, item com maior queda absoluta no mês), e nas carnes (-1,75%).
O grupo habitação (-1,61%) registrou a maior deflação na RMS em julho, com a energia elétrica residencial (-6,90%) sendo o principal item para segurar a prévia da inflação no mês.
Também apresentaram deflação em julho os grupos artigos de residência (-0,37%) e comunicação (-0,08%), puxados, respectivamente, pelas quedas de preços de computador pessoal (-2,89%) e aparelho telefônico (-1,34%)