O Partido Liberal (PL) anunciou oficialmente o presidente Jair Bolsonaro (RJ) como candidato à reeleição à Presidência da República, na manhã deste domingo (24). Em convenção realizada no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, foi divulgada às 11h17 a aprovação da candidatura, feita em votação virtual na plataforma virtual do partido.
O general Walter Braga Netto também foi confirmado como vice da chapa.
Em seguida, Bolsonaro foi chamado ao palco, onde subiu ao lado da primeira-dama, Michelle Bolsonaro. Às 11h30, Bolsonaro, após uma curta passagem bíblica, deu o microfone para Michelle abrir os discursos.
“Vocês estão aqui apoiando um projeto de libertação da nação. Há quatro anos, passamos por essa experiência e não tínhamos ideia do que íamos enfrentar, não tínhamos ideia do que estava por vir. Como falei ontem, quando eu cheguei na Santa Casa e vi meu marido na maca, eu olhei para o teto do hospital e falei ‘o senhor tem controle de todas as coisas’. (…) Essa nação é rica, próspera. Ela só foi mal administrada. Deus ama essa nação”, iniciou sua fala.
Os portões foram abertos às 8h20, e apoiadores entraram, sem a cobrança de ingresso. Inicialmente, as entradas para a convenção foram disponibilizadas gratuitamente em um site, mas, segundo bolsonaristas, houve uma "tentativa de sabotagem" à convenção.
A deputada federal Carla Zambelli (PL) foi uma das apoiadoras presentes no ginásio, assim como os também deputados federais Daniel Silveira, Onyx Lorenzon, Luiz Lima e Hélio Lopes, o senador Romário, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, o ex-ministros Eduardo Pazuello e Tarcísio de Freitas, o ex-presidente Fernando Collor de Mello, o advogado Frederick Wassef e os sertanejos Matheus e Cristiano, responsáveis pelo jingle da campanha, "Capitão do povo".
Braga Netto
A convenção também confirmou o nome do general Walter Braga Netto para a vaga de vice na chapa de Bolsonaro. O militar se filiou ao PL em março deste ano. Ele também é um dos coordenadores da campanha à reeleição.
O general chegou ao posto máximo da carreira dentro do Exército e ganhou notoriedade em 2018, quando foi nomeado interventor federal no Rio de Janeiro pelo então presidente Michel Temer (MDB). Em 2020, foi nomeado para chefiar a Casa Civil e, depois, em março de 2021, passou a comandar o Ministério da Defesa. Este ano, o general deixou a pasta e assumiu a vaga de assessor especial da presidência da República, da qual foi exonerado em julho.