Política

Benito lembra sua atuação no impeachment de Collor

Intitulado 'Menos, ministro Cardozo, da Justiça

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Coluna de Ricardo Noblat no jornal O Globo de quinta-feira (12) lembrou atuação do deputado federal baiano Benito Gama (PTB) na presidência da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Melo na Câmara dos Deputados. Intitulado 'Menos, ministro Cardozo, da Justiça. Menos!', o o texto comparou a postura do atual ministro da Justiça, Eduardo Cardozo, com a do então ministro da pasta à época, Célio Borja.

Para contextualizar, Noblat contou a conversa que Benito Gama teve com Borja às vésperas de a CPI aprovar relatório que recomendou a cassação do mandato de Collor. "Eu [Célio Borja] o convidei para vir até aqui para lhe dizer: eu exerço o cargo de ministro da Justiça do Brasil. E assim será até o fim. Muito obrigado. Benito voltou ao Congresso e deu o voto que faltava para aprovar o relatório", lembra Noblat.

Segundo o deputado Benito Gama o ex-ministro Célio Borja manteve uma postura imparcial e digna do cargo em que exercia. "Na ocasião, ele disse: sou ministro do Estado brasileiro. Não sou advogado do presidente. Essa é uma memória política que constrói a nossa história. A partir dela podemos avaliar quando ações futuras serão boas, igualmente a esta, ou ruins para o país", diz Benito.

Noblat critica a postura do ministro, Eduardo Cardozo pela, segundo ele, ausência de imparcialidade. "Sobre o impeachment, insistiu o ministro em qualificá-lo de "golpe". Não cabe ao ministro da Justiça do Brasil qualificar de "golpe" um recurso previsto na Constituição. Quanto ao recurso estar sendo bem ou mal aplicado: só caberá ao Congresso julgar, e não a ele, ministro", disse.

"A memória política do Brasil pode revelar traços de comportamentos opostos sobre um mesmo fato que se repete em períodos diferentes e possibilitar a construção de uma análise crítica sobre o cenário atual, que cabe a cada um de nós brasileiros", diz Benito Gama.

Foto: Reprodução