Política

Moraes dá prazo para Bolsonaro se manifestar sobre ação de "discurso de ódio" após morte de petista

Crime foi cometido pelo policial penal bolsonarista João Guaranho, que invadiu uma festa de aniversário com o tema PT e Lula

Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, concedeu hoje (15) o prazo de dois dias para que o presidente Jair Bolsonaro se manifeste sobre a ação protocolada pelo PT e outros partidos oposicionistas envolvendo suposto “discurso de ódio e incitação da violência”. 

“Nesse contexto de relevantíssimas consequências solicitadas pelos requerentes, torna-se necessária a prévia manifestação do representado, estabelecendo-se o contraditório”, decidiu o ministro. 

A ação foi protocolada no TSE após o homicídio do guarda municipal Marcelo Aloizio de Arruda, que era tesoureiro do PT. O crime ocorreu no último sábado (9), em Foz do Iguaçu (PR), e o autor foi o policial penal João Guaranho. Ele invadiu a festa temática de aniversário de Marcelo do PT e com fotos de Lule, e atirou aos gritos de 'aqui é Bolsonaro' e 'mito'.

Além do PT, também participam da ação a Rede Sustentabilidade, o PC do B, PSB, PV e o Psol. 

Durante o mês de julho, o tribunal está em recesso e não há sessões de julgamento. No entanto, os preparativos para as eleições e a apreciação de questões urgentes continuam a ser decididas pelo presidente, Edson Fachin, e Moraes, que atuam em esquema de revezamento de 15 dias no comando do TSE. 

Nesta sexta-feira, durante a sua live, o presidente Jair Bolsonaro comentou sobre a decisão de Alexandre de Moraes. Bolsonaro disse que considerou a ação “uma falta de consideração com o chefe do Executivo” e que sua assessoria é quem vai responder a Moraes. Mais tarde, o presidente postou em sua conta pessoal no Twitter: “Manifesto que sou contra”.