A escassez de alguns medicamentos alerta o Sistema Único de Saúde (SUS) e listados na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename) 2022, como a dipirona e o antibiótico amoxicilina. Segundo publicação do jornal O Globo, o Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já admitem risco de desabastecimento de medicamentos no mercado.
A inflação, o aumento da demanda de alguns medicamentos durante o inverno, a alta do dólar e do barril de petróleo – cujos derivados são usados para produzir embalagens – são alguns dos motivos para a escassez.
Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde) mostrou que a escassez de medicamentos atinge não só as farmácias, mas também as unidades de saúde. Fizeram parte do levantamento 106 estabelecimentos como hospitais, clínicas especializadas e empresas que fornecem serviço de home care em 13 estados e no Distrito Federal.
A pesquisa revelou a falta de soro em 87,6% das instituições pesquisadas; dipirona injetável (usada para dor e febre), em 62,9%; neostigmina (indicada para combate doença autoimune que causa fraqueza nos músculos), em 50,5%; atropina (para tratamento de arritmias cardíacas e úlcera péptica), em 49,5%; contrastes (usado em exames radiológicos), em 43,8%; metronidazol bolsa (para infecções bacterianas), em 41,9%; aminofilina (contra asma, bronquite e enfisema), em 41%; e amicacina injetavel (contra infecções bacterianas graves), em 40%.
Cerca de 40% das entidades que participaram da pesquisa afirmaram que adquiriram o soro por preço duas vezes maior do que o praticado no mercado. A neostigmina (de combate à doença autoimune que causa fraqueza nos músculos) também sofreu com a alta dos preços, 53% dos estabelecimentos que participaram da pesquisa apontaram que o estoque atual não chega a 25% do necessário.