O IBGE projeta uma safra total de grãos este ano de 261,4 milhões de toneladas. O número foi revelado nesta quinta-feira (7), por meio do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA). O volume é 0,6% menor do que a projeção de maio, mas 3,2% acima do obtido em 2020/21 e continua representando um recorde na produção cereais, leguminosas e oleaginosas.
De acordo com o LSPA desta quinta, a área a ser colhida é de 72,5 milhões de hectares, 5,8% (4,0 milhões de hectares) maior que a área colhida em 2021 e 0,3% (209,3 mil ha) maior do que o previsto em maio.
A estimativa da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresentou variação anual positiva em quatro Grandes Regiões: Centro-Oeste (10,7%), Norte (5,5%), Sudeste (13,3%) e Nordeste (11,0%), com variação negativa no Sul (-14,0%).
Em relação ao mês anterior, houve redução nas estimativas da colheita de feijão 3ª safra (com queda de 7,8%) e 2ª safra (-4,3%), milho 2ª safra (-1,1%), soja (-0,5%) e trigo (-0,2%). Em compansação, o atual levantamento espera uma produção maior de sorgo (1,8%), cevada (1,6%), tomate (0,9%), feijão 1ª safra (0,5%), milho 1ª safra (0,3%) e aveia (0,2% ).
Sobre a soja, uma das principais commodities do país, o IBGE relatou que a safra foi marcada por “efeitos climáticos adversos”, com registro de forte estiagem durante o desenvolvimento da cultura nos estados do centro-sul. A produção nacional deve atingir 118,0 milhões de toneladas – retração de 12,6% na comparação com a obtida no ano anterior.
No milho, a lavoura deve alcançar 111,2 milhões de toneladas, declínio de 0,8% em relação ao mês anterior e crescimento de 26,7% quando comparado a 2021, ou 23,4 milhões de toneladas a mais. Na primeira safra, o avanço de 0,5% frente a 2020/2021 é causado pelo aumento na área a ser colhida (7,5%), mas a produtividade recuou 6,5% em função da falta de chuvas, principalmente no Sul.