Política

Pacheco deve abrir caminho para CPI, mas resistências ganham força

Apesar do movimento de Pacheco, aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso receberam relatos nos últimos dias de que o grupo de senadores contrários à CPI em período eleitoral tem ganhado força

Waldemir Barreto/Agência Senado
Waldemir Barreto/Agência Senado

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), avisou a aliados que decidiu abrir caminho para a CPI das denúncias de corrupção no Ministério da Educação junto com os pedidos apresentados por governistas.

Assim, o senador mineiro deve ler nos próximos dias três requerimentos para a abertura e funcionamento das comissões investigativas.

Apesar do movimento de Pacheco, aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso receberam relatos nos últimos dias de que o grupo de senadores contrários à CPI em período eleitoral tem ganhado força.

Mesmo dentro do PT há críticas à CPI do MEC durante a campanha eleitoral. O PSD, segunda maior bancada do Senado, também está dividido, mas com uma tendência contrária à apuração neste momento.

Um dos pontos levantados é que o funcionamento da CPI exigirá a presença de senadores em Brasília num período em que os parlamentares se dedicam a viajar pelos estados para realizar campanha.

A decisão sobre o futuro da CPI do MEC depende da reunião desta terça-feira (5) entre Pacheco e líderes das bancadas do Senado. As apostas para o adiamento da instalação da CPI cresceram às vésperas do encontro.

Na reunião, Pacheco deve anunciar aos líderes que decidiu ler os três requerimentos para a criação de CPIs que tem em suas mãos: o da oposição para investigar o balcão de negócios do MEC; o do líder do governo Carlos Portinho (PL-RJ) para apurar responsabilidades por obras paradas de educação nos governos do PT; e um terceiro, também de interesse do governo, para apurar a criminalidade na região Norte do país.