Nascida e criada entre surdos, pandeiros e tamborins, a artista trans Pocket Nery, rainha da Liga do Samba há quase uma década, será uma das participantes, na terça-feira (14), às 17h, de mais uma edição da roda de conversa “Patrimônio É…”. O evento acontecerá na Fundação Pierre Verger, na 2ª Travessa da Ladeira da Vila América, 6, no Engenho Velho de Brotas.
Os encontros, promovidos pela Fundação Gregório de Mattos (FGM), debatem sobre as principais expressões culturais soteropolitanas, resgatando e apontando novos caminhos. Desta vez, a proposta é lembrar que o samba junino surgiu nos terreiros e ganhou as ruas, retomando as atividades este mês, depois de dois anos sem a festa presencial.
A iniciativa terá ainda a participação de Nonato Sanskey, vice-presidente da Liga, e do compositor Tonho Matéria. A mediação será do historiador Murilo Mello, contando com apresentação, no formato pocket show, de muito samba duro. A atividade também será transmitida pelo canal da FGM no YouTube (www.youtube.com/channel/UCuY4L3rrfuCwAryRnsniPMg).
Documentário
Além de rainha da Liga do Samba e artista trans, Pocket Nery, aos 52 anos, é a estrela de um documentário biográfico, dirigido por Fabíola Aquino, com recurso da Lei Aldir Blanc.
"Convivo com o samba junino desde a infância. Lembro que ainda menina ouvia o samba começar e saía dançando pelas ruas do Alto das Pombas. Batalhei bastante para ser rainha do samba junino, mas sempre enfrentei barreiras culturais e preconceitos, até ser reconhecida”, conta Nery.