O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, nesta sexta-feira (10), que as Forças Armadas e a Polícia Federal têm se empenhado na “busca incansável” pelo jornalista britânico Dom Phillips e pelo indigenista brasileiro Bruno Araújo, que desapareceram no último domingo (5), na Amazônia. Os dois sumiram no trajeto entre a comunidade Ribeirinha São Rafael e a cidade de Atalaia do Norte.
A Polícia Federal e a Marinha do Brasil apuram o desaparecimento. Já o Ministério Público Federal (MPF) acionou a Força Nacional e a Polícia Civil do estado para participarem de buscas.
“Desde o primeiro momento, naquele mesmo domingo, às nossas Forças Armadas e Polícia Federal têm se destacado na busca incansável na localização dessas pessoas. Pedimos a Deus que sejam encontradas com vida”, afirmou Bolsonaro, durante discurso na segunda sessão plenária da Cúpula das Américas.
A fala do presidente acontece no mesmo dia em que a Organização das Nações Unidas (ONU) criticou a ação “extremamente lenta” do governo brasileiro e cobrou que as autoridades “redobrem esforços” nas operações.
“A resposta [do governo ao desaparecimento] foi extremamente lenta, infelizmente. Achamos bom que agora, após uma medida judicial, as autoridades tenham empregado mais meios para as buscas”, declarou a porta-voz do Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH), Ravina Shamdasani.
Sinais de escavação em área de busca
Na manhã desta sexta-feira (10), voluntários que atuam na busca do indigenista e do jornalista inglês, encontraram sinais de escavação às margens do Rio Itaquaí, próximo à região onde os dois sumiram. Os agentes que trabalham na operação já estão no sexto dia de busca.
Segundo apurações preliminares, o principal suspeito no caso é Amarildo da Costa de Oliveira, conhecido como “Pelado”, de 41 anos. O homem foi preso em flagrante na terça-feira (7) e teve a prisão temporária por mais cinco dias decretada logo após a audiência de custódia.
Equipes de investigação encontraram sangue na lancha de “Pelado”. Além disso, testemunhas contaram aos policiais que viram o suspeito perseguindo Dom e Bruno.