Após ver ruir a sua pré-candidatura à presidência, o ex-juiz Sergio Moro (UB) terá mais uma vez que repensar os planos para este ano. Nesta terça-feira (7), o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP) rejeitou a sua transferência de domicílio eleitoral para São Paulo, o que impede que o ex-ministro de Bolsonaro dispute o Senado ou a Câmara Federal pelo estado.
A maioria dos magistrados concluiu que Moro, natural do Paraná e com uma trajetória na região, não mora de fato em São Paulo.
"Não há vínculo profissional algum com o estado de São Paulo a não ser por uma consultoria que durante grande parte do tempo foi prestada de forma virtual", afirmou o juiz Marcio Kayatt.
A decisão deve se estender também à sua esposa, Rosângela Moro, que pretendia ser candidata a deputada estadual. O casal pode ainda ser processado por crime eleitoral por mudarem os seus domicílios supostamente com único intuito de viabilizar a candidatura.
Em nota, Moro afirmou que estava "surpreso" com a decisão da Justiça e que tem uma percepção de sucesso do seu trabalho como juiz quando vai às ruas. Ele prometeu que não irá abrir mão "do Brasil".
“Recebi surpreso a decisão do TRE de São Paulo na ação proposta pelo PT. Nas ruas, sinto o apoio de gente que, como eu, orgulha-se do resultado da Lava Jato e não desistiu de lutar pelo Brasil. Anunciarei em breve meus próximos passos. Mas é certo que não desistirei do Brasil”, declarou.
