Ex-vice presidente da OAB-BA, Ana Patrícia Dantas Leão lamentou o descaso da atual gestão da Ordem na Bahia com a visita de membros do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). De acordo com Ana, a presidente Daniela Borges não surpreende com as prioridades estabelecidas pela gestão.
Uma semana após a passagem do CNJ na Bahia, sem que a Ordem tenha aproveitado essa oportunidade, a atual gestão dedicou-se a “curtir um evento, que no momento não se reverte em qualquer benefício efetivo para a classe, na Chapada Diamantina”.
“Bom, mas se a Ordem perdeu a oportunidade de buscar soluções para os gravíssimos problemas que a advocacia vive no seu dia a dia, não abriu mão de patrocinar evento de nenhuma repercussão efetiva para a classe, que agoniza após dois sofridos anos de crise sanitária e fechamento dos fóruns”.
Na última semana, a advocacia baiana assistiu pelas redes sociais o encontro no agradável frio da Chapada Diamantina, orgulhosamente promovido e patrocinado pela OAB-BA. Quem vê isso se revolta, mas se cala. Não há o que fazer. Não há janelas para gritar. A quem serve esses encontros? Quais são as consequências práticas para a advocacia, em especial nesse momento pós-pandemia? Para essas perguntas, muitas podem ser as respostas, plausíveis ou não. Mas a pergunta que realmente não quer calar é: CNJ na BA e a OAB deitada em berço esplêndido?”, questionou.
Ana Patrícia elencou ainda uma série de abordagens que poderiam ser feitas. “A OAB não se fez presente durante a inspeção, tendo, no entanto, de forma simbólica, participado da solenidade de abertura dos trabalhos. Nada além disso. Perdeu uma excelente oportunidade de acompanhar os representantes do CNJ aos Cartórios Integrados, às Varas de Fazenda Pública, à 2 Vara Cível de Lauro de Freitas para um diálogo com a magistrada titular, conhecida pelo habitual desrespeito à advocacia. Isso sim é perda de oportunidade. Teria sido um momento memorável”.