Bahia

Salvador discute políticas para segurança viária de ciclistas entregadores

A iniciativa organizada pela Transalvador juntamente com os órgãos que compõem o Programa Vida no Trânsito

Agência Brasil
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Os ciclistas que utilizam a bicicleta como meio de trabalho foram os protagonistas de uma iniciativa organizada pela Transalvador juntamente com os órgãos que compõem o Programa Vida no Trânsito. Na manhã desta quarta-feira (25), foi realizado o Encontro Municipal sobre Segurança Viária: Ciclistas entregadores em perspectiva, que faz parte da programação do Maio Amarelo, no auditório da Associação Brasileira de Medicina e Tráfego (Abramet), em Ondina.

A gerente de Educação no Trânsito da Transalvador e coordenadora do Programa Vida no Trânsito, Mirian Bastos, destacou que o objetivo do evento é mostrar o que pode ser feito e propor ações conjuntas para contribuir para a segurança do ciclista, envolvendo órgãos importantes. Na ocasião, foi elaborada uma carta-compromisso, a ser enviada para a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), propondo políticas públicas para a segurança viária envolvendo ciclistas. A partir disso, será possível orientar as organizações que vão trabalhar neste segmento e o público, como forma de reduzir sinistros e mortes.

“A Transalvador já vem trabalhando nessa pesquisa, no tratamento da informação. Agora então, mais do que nunca, com a possibilidade de aumentar o número de ciclistas por deliveries na cidade, buscamos trabalhar em cima da prevenção. Já estamos tratando esse tema dentro do Programa Vida no Trânsito e estamos tentando sugerir essas políticas públicas para reduzir danos, mostrando que é possível ser feito isso”, declarou Miriam.

Na ocasião, foram debatidas ações que visam melhorar a segurança viária para este público, que cresceu muito durante a pandemia, em prol da adoção de comportamentos seguros, visando a redução de mortalidade causadas por lesões e sinistros no trânsito. O encontro também discutiu os desafios da cidade para reduzir o número de mortos e feridos no trânsito até o ano de 2030.

Intervenções – O diretor de Planejamento da Secretaria de Mobilidade (Semob), Pablo Souza, afirmou que encontrar soluções será um grande desafio para a Prefeitura. “A Semob está elaborando um plano cicloviário, que é uma ferramenta que vai auxiliar toda a gestão pública e concentrar, de forma sistemática e com estratégia de médio a longo prazo, as intervenções relacionadas às ciclovias em Salvador”.

Souza reforçou que a Prefeitura tem trabalhado no plano cicloviário com forma de identificar a estrutura atual da cidade, categorizando as ruas com iluminação, sinalização asfáltica e dimensão. “Isso vai ajudar a cidade a definir os próximos passos, porque o primeiro desafio foi ocupar o espaço com a bicicleta, pois as pessoas tinham dificuldade em transitar nas ruas. Nós saímos de 30 km para 310 km de ciclovia e ciclofaixa na cidade e temos muito a avançar”.

O presidente da Abramet, o médico Antônio Meira Júnior, lembrou que é preciso passar para a população que os ciclistas são mais vulneráveis a sofrer lesões graves e morte caso ocorra um acidente. “Como eles disputam espaço com veículos diferentes, então a probabilidade de um acidente é maior e de lesões graves também, pois não há na proteção de um veículo o arcabouço físico que absorve o impacto”.

O encontro contou ainda com a presença de representantes da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Departamento Estadual de Trânsito (Detran-BA), das Polícias Rodoviárias Estadual e Federal, bem como a Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), o Conselho Estadual de Trânsito (Cetran) e a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran).