Brasil

De 10 brasileiros, 4 estão inadimplentes, aponta pesquisa

Cerca de 62 milhões de pessoas estavam negativadas em abril deste ano, revela levantamento da CDL

Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) apontam que quatro em cada dez brasileiros estavam negativados em abril deste ano. O número equivale a cerca de 62 milhões de pessoas. 
 
Ainda de acordo com o levantamento, o número de consumidores com contas atrasadas cresceu 5,59% em relação a abril do ano passado. Já na passagem de março para abril, o número de devedores cresceu 0,46%.

 “Mais de 75% das famílias brasileiras possuem dívidas no Brasil. É possível justificar parte desse endividamento com o aumento da inflação, elevação do desemprego e diminuição do poder de compra da população. Para minimizar os efeitos do endividamento das famílias brasileiras, é preciso estancar novas dívidas, mesmo que sejam pequenas.

A inflação de itens como combustível, energia elétrica e alimentos, provocam um endividamento natural se a renda não acompanhar o processo”, afirmou, em nota, o presidente do Conselho Regional de Contabilidade da Bahia (CRCBA), André Luis Barbosa dos Santos.

Devido ao cartão de crédito, a quantidade de brasileiros endividados bateu novo recorde em abril de 2022, Ao todo, 77,7% das famílias brasileiras fecharam no vermelho, contra 77,5% em março do mesmo ano, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Na comparação do ano passado, com a parcela de endividados correspondendo a 67,5% do total, o salto foi de 10,2%.

Além disso, a inadimplência chegou a uma nova máxima histórica, desde que começou a ser levantada, em 2010. O percentual de famílias com dívidas ou contas em atraso passou de 27,8%, em março, para 28,6%, em abril. Em um ano, o salto foi de 4,3 pontos. A parcela de famílias que afirmou não possuir condições de pagar as dívidas em atraso e, devido a isso, permanecerá inadimplente atinge o maior patamar desde dezembro de 2020: 10,9%, contra 10,8% em março e 10,4% há um ano.