Pré-candidata a deputada federal pelo PT, a vereadora de primeiro mandato de Salvador, Maria Marighella minimizou a aliança do partido com o MDB, partido com participação determinante no processo de impeachment de Dilma Roussef em 2016.
Mesmo reconhecendo a saída de Dilma como um golpe na democracia brasileira, para Marighella a busca do PT por um arco de alianças mais amplo, tanto na Bahia onde tem a indicação do vice Geraldo Júnior para a chapa, quanto no Brasil, visa combater o perigo da reeleição de Bolsonaro.
Segundo a vereadora, neta de Carlos Marighella, o momento político se assemelha ao vivido com o movimento "Diretas Já", que surgiu com o fim da Ditadura Militar e deu início à democratização do país.
"O Brasil está passando por um processo de redemocratização, tem um chamado oitentista nesse sentido. Quase um chamado pelas 'Diretas Já' que acaba em uma eleição direta entre dois campos expandidos […] é um chamado à democracia, à recomposição dos seus pactos", disse a edil.
Apesar da proximidade do PT com partidos do centro, a vereadora acredita que o programa de governo vai priorizar questões sociais próprias, como as pautas femininas, do movimento negro, LGBTQIA+ e em defesa do meio ambiente.