O dia 6 de fevereiro de 2015 foi marcado pela morte de 12 jovens na comunidade de Vila Moisés, no Cabula, em Salvador. Depois da polêmica entre as versões passadas pelas famílias das vítimas e pelos policiais, os nove acusados e envolvidos na ação, continuam atuando. A informação foi confirmada pelo Coronel Anselmo Alves Brandão, comandante geral da Polícia Militar (PM).
A chacina foi motivada por um confronto entre a polícia e homens acusados de tráfico na região. Os nove Pm da Rondesp Central foram absolvidos pela juíza Marivalda Almeida Moutinho, em julho do ano passado. De acordo com a assessoria do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), a magistrada disse que se baseou nas provas que existiam nos autos para absolver os acusados.
Segundo o inquérito, foi avaliado que os PMs agiram em legítima defesa. Como argumento, o documento aponta que os laudos cadavérios não revelam indícios de execução. Também é destacado o socorro prestado aos feridos.
De acordo com o Ministério Público, os laudos apontam que a maioria apresentava pelo menos cinco marcas de tiros — alguns deles disparados a curta distâncias, de menos de 1,5 metro. A promotoria alega que as vítimas já estavam rendidas quando foram baleadas e que teriam, ainda, recebido tiros de cima para baixo.
Segundo versão dos PMs, eles receberam denúncia de que bandidos se preparam para cometer um crime e quando foram apurar as informações, foram recebidos por tiros pelo grupo.
Na época, o promotor Davi Gallo, concluiu que as vítimas foram emboscadas e acuadas no local onde foram baleadas. "Ali [no matagal] era rota de fuga dos traficantes e usuários. Eles foram compelidos a ir para aquele local", afirmou Gallo.