Política

Bolsonaristas resgatam agenda ideológica de 2018 para mobilizar a base na pré-campanha

Ontem, a Câmara aprovou o projeto que regulamenta o ensino domiciliar.

Vagner Souza/Salvador FM
Vagner Souza/Salvador FM

A menos de cinco meses das eleições, a bancada bolsonarista reacendeu o debate em torno de temas ideológicos que enfrentaram barreiras para avançarem no Congresso. Na noite de quarta-feira (18), a Câmara aprovou o projeto que regulamenta o ensino domiciliar. Em outra frente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) lançou um treinamento com o objetivo de ensinar os simpatizantes a “enfrentar a esquerda”. Entre os módulos do curso on-line “Prepara Brasil”, o “guia completo para obter arma de fogo” aparece como um “bônus” – outros assuntos em debate são a revisão da política de drogas, a proibição irrestrita do aborto e a possibilidade de pais e mães educarem os filhos em casa. A reportagem é do jornal “O Globo”.

A despeito de flexibilizações no acesso a armas e munições e de declarações em sequência defendendo o armamento da população, o objetivo vocalizado pelo governo de ampliar o direito ao porte – quando o cidadão pode andar armado – não foi adiante. Tampouco avançaram mudanças a respeito da política de drogas e do aborto, hoje permitido em casos de estupro, quando há risco de vida para mulher e se o feto tiver má formação cerebral. Em três anos e cinco meses de mandato, as leis aprovadas pelos aliados de Jair Bolsonaro (PL) priorizaram o campo econômico, com, vez ou outra, um aceno à base ideológica – o exemplo mais recente foi o avanço do texto que trata de ensino domiciliar.