A necessidade de qualificar os quadros da bancada baiana na Câmara dos Deputados nas eleições deste ano deve impactar diretamente a eleição de velhos nomes da política na Bahia. Um que deve ser penalizado pelo eleitor baiano é o deputado federal Marcelo Nilo, que recentemente deixou o PSB e se filiou ao Republicanos, partido braço da Igreja Universal do Reino de Deus e que dá sustentação ao presidente Jair Bolsonaro.
Nesta segunda-feira (9), em entrevista à Metrópole, o político passou boa parte do tempo vociferando sua zanga com o governador Rui Costa (PT) e com ex-aliados governistas. Nilo chegou a chamar o chefe do Executivo baiano de “mau” após a exoneração de cargos de indicações políticas no Estado ligados a ele. “Só porque a esposa [do servidor indicado por Nilo] colocou no Instagram a foto de Bolsonaro?”, reclamou, ao citar o caso de um demitido da Embasa.
Presidente da Assembleia Legislativa da Bahia por cinco mandatos ininterruptos, com a tentativa de emplacar o sexto, ou seja, quase 12 anos no comando do Legislativo baiano, o deputado usou por diversas vezes o termo “fadiga” para atacar o governo petista, que até poucos meses atrás era seu aliado e cravou que é pré-candidato a vice-governador na chapa do pré-candidato ACM Neto (UB).
“Se Neto decidir que não serei candidato a vice, vou pensar e avaliar. Sou muito novo para sair da política. (…) Agora, eu mereço ser o vice, porque eu cheguei cedo. Eu disse que se o PP vier eu pleiteio a vice e deixo de pleitear o Senado”, revelou.