O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o general Augusto Heleno negou que o diretor da CIA (Central de Inteligência dos Estados Unidos) tenha pedido ao presidente Jair Bolsonaro (PL) para respeitar o resultado da eleição deste ano.
A informação foi divulgada pela agência Reuters, que publicou uma reportagem que diz que William Burns, diretor do CIA, apelou para que o chefe de Estado do Brasil não atrapalhasse o processo eleitoral e democrático.
Durante live transmitida nesta quinta-feira (5), ao lado do presidente, Heleno confirmou o encontro com Burns mas negou que tenha sido este o teor da conversa. As informações são do UOL.
"Lógico que as conversas que tivemos sobre a área de inteligência foram extremamente produtivas e muito interessantes. Essa conversa sobre eleições jamais aconteceu", alegou o militar, que classificou a suspeita como uma "notícia falsa" veiculada pela imprensa.
"Isso nunca aconteceu, não houve nenhuma troca de ideias sobre eleições, nem nos Estados Unidos ou aqui. Isso foi uma notícia falsa", queixou-se.
A CIA se recusou a comentar a reportagem, mas a Reuters teria confirmado o tema da conversa sobre eleição com três pessoas, que preferiram se manter no anonimato.
"Uma terceira pessoa em Washington com conhecimento do assunto confirmou que a delegação liderada por Burns havia dito a assessores importantes de Bolsonaro que o presidente deveria parar de minar a confiança do sistema eleitoral do Brasil. A fonte não tinha certeza se foi o próprio diretor da CIA quem expressou a mensagem", diz a matéria.