Política

Primeiro delegado do caso Marielle expõe novos detalhes sobre assassinato de vereadora

Ele esteve a frente do caso em 2018 desde o início do inquérito até a prisão dos dois acusados do homicídio da vereadora

Divulgação
Divulgação

O primeiro delegado responsável pela investigação do assassinato de Marielle Franco no Rio de Janeiro, o delegado Giniton Lages expõe novos detalhes sobre o caso no seu novo livro "Quem Matou Marielle?", lançado pela Matrix Editora.

Ele esteve a frente do caso em 2018 desde o início do inquérito até a prisão dos dois acusados do homicídio da vereadora. A obra foi escrita em parceria com o cientista político e jornalista Carlos Ramos e resgata as tensões pré-eleição que resultaram em protestos e disputas ideológicas.

Outras linhas de investigação adotadas também são relatadas no livro, que reproduz depoimentos dos suspeitos e detalha o envolvimento de Ronnie Lessa, policial militar apontado como executor do crime.

Uma das frentes abordadas pelos autores consiste na presença de um aplicativo de gravação de ligações telefônicas encontrado no celular de Marielle. Ginilton questiona o motivo da instalação do programa e diz que é improvável que tenha sido feita por uma terceira pessoa.

Marielle tinha baixado no seu celular um aplicativo de gravação de chamadas telefônicas, realizadas e recebidas. Todas as conversas estavam registradas. A instalação poderia ter sido feita por outra pessoa? Pouco provável, primeiro porque exigiria dados restritos e senha para baixar; segundo, porque, se fosse isso, certamente a pessoa esconderia o aplicativo dentro do sistema operacional do aparelho e não o deixaria exposto na área de trabalho, como nós o encontramos. Então, por que ela estava preocupada em gravar as suas ligações?", indaga o delegado no livro.