Presidente do Bahia, Guilherme Bellintani tem recebido críticas acerca do seu trabalho com o clube e desabafou sobre o caso durante a Assembleia Geral de Sócios, que aconteceu na manhã de sábado (30), na Arena Fonte Nova.
O gestor foi alvo de uma tentativa de impeachment por causa do tempo levado para acertar a contratação de um novo diretor de futebol.
“Golpismo no Bahia não cabe mais. Posso ter sido o pior presidente, mas não sou ladrão e tenho que terminar o meu mandato. E o meu maior legado é saber resistir no momento de maior dor. E dói para caramba”, desabafou Bellintani.
Na ocasião, ele citou a presidência do maior rival do clube, o Vitória, que teve seis mudanças de presidente nos últimos seis anos.
“Talvez o meu grande legado no Bahia seja não ter renunciado no momento em que eu fui ameaçado, com protesto na parte na frente da minha casa, pessoas dizendo que iriam me matar. Se eu renuncio, o Bahia vira o nosso rival, com todo respeito a eles, que tem seis, sete, oito presidentes em cinco anos. É gestão, mas falta de continuidade da gestão. Quando a gente falha para caramba, não somos bandidos, não somos marginais. Não leva a lugar nenhum um presidente a cada seis meses. Eu compreendo a mágoa do torcedor, um 'fora Bellintani'. Mas, a partir do momento que há ameaça institucional de um pedido de impeachment no Conselho Deliberativo por não termos contratado diretor de futebol, essas pessoas são irresponsáveis. O que querem é tirar momento de fragilidade. E vão acontecer outros para se promover. Tirar um presidente no exercício da sua gestão sem nada é afrontar a democracia”, disse.
Ele reforçou que ‘não é bandido’ e defendeu a continuidade do seu mandato como presidente do clube. Guilherme Bellintani aproveitou para falar que não existem bandidos nem heróis na história da democracia do Bahia.
“Reforço, não existem bandidos e heróis na história da democracia do Bahia. Vocês nunca me viram criticar um ex-presidente do clube publicamente. Nunca me viram bater em processos preciosos. Não quero ser herói, mas não sou bandido. Tenho noção exata do que sou: largar atividades profissionais e se dedicar ao clube. Foi escolha minha.
E repito: não sou bandido, não sou o pior cara do mundo, sou incompleto como todos os presidentes do Bahia serão.
Em busca de volta por cima em 2022, o Bahia de Bellintani teve um início de temporada ruim, com queda na primeira fase da Copa do Nordeste e do Campeonato Baiano. Na Série B, porém, o começo de campanha é positivo, com três vitórias, um empate e uma derrota em cinco jogos.”