Pré-candidato ao Governo da Bahia pelo PT, o ex-secretário de Educação, Jerônimo Rodrigues, classificou como "estranho" o desenrolar da operação da Polícia Federal que apura o caso da compra mal sucedida dos respiradores no início da pandemia de Covid-19, deflagrada na manhã desta terça-feira (26).
Presente em evento que marcou a assinatura de ordens de serviço para dezenas de obras na capital baiana nesta manhã, Jerônimo ressaltou que o pedido da abertura da investigação foi feito pelo próprio Governo da Bahia.
"Foi o próprio consórcio, o próprio Governo da Bahia, que teve a iniciativa de fazer a denúncia, de correr atrás, pedir que apurasse. Não há nada a temer, foi esse o grupo que pediu a Justiça que apurasse […] É estranho que aconteça nesse momento", opinou o ex-secretário, sobre a operação realizada em ano de eleição e que pode atingir o grupo do PT.
"O governador Rui Costa vai continuar pedindo, clamando que a Justiça possa entrar e encontrar a solução e que seja devolvido o dinheiro. Quem tiver culpa, deve ser penalizado e a gente vai respeitar o que a Justiça decidir", complementou.
A Polícia Federal deflagou nesta manhã a cumpriu mandados contra empresários, lobistas e laranjas envolvidos na negociação com a empresa Hempcare, liderada pelo Consórcio do Nordeste no valor de R$ 45 milhões, destinados à compra de 300 respiradores. Os equipamentos nunca foram entregues.
O ex-secretário da Casa Civil, Bruno Dauster, é um dos alvos da operação.
Jerônimo Rodrigues destacou que os nomes ligados ao governo que estão envolvidos no caso estão dispostos a "ajudar".
"Nós conhecemos muito bem a performance do secretário, de pessoas envolvidas. Nenhuma fugiu, está todo mundo disposto a ajudar. Agora, que é estranho que aconteça nesse momento, é", ponderou.