Política

Barroso condena uso das Forças Armadas para desacreditar processo eleitoral

Ministro voltou a defender a integridade das urnas eletrônicas e condenou tentativas de politização do Exército, da Marinha e da Aeronáutica

Divulgação
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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso afirmou neste domingo (24) que há no cenário político brasileiro intenção de usar as Forças Armadas para atacar o processo eleitoral no país. Barroso voltou a defender a integridade das urnas eletrônicas e condenou tentativas de politização do Exército, da Marinha e da Aeronáutica.

Para Barroso, as Forças Armadas devem resistir, "como já têm feito", a serem objeto das "paixões políticas". A declaração foi dada durante a participação dele, por videoconferência, em um seminário sobre o Brasil promovido pela universidade Hertie School, de Berlim, na Alemanha.

O ministro não citou o presidente Jair Bolsonaro (PL), mas os exemplos que deu fazem referência às críticas do presidente às urnas eletrônicas e à necessidade de as Forças Armadas acompanharem todo o processo de perto.

“Um desfile de tanques é um episódio com intenção intimidatória. Ataques totalmente infundados e fraudulentos ao processo eleitoral. Desde 1996 não tem nenhum episódio de fraude. Eleições totalmente limpas, seguras. E agora se vai pretender usar as Forças Armadas para atacar. Gentilmente convidadas para participar do processo, estão sendo orientadas para atacar o processo e tentar desacreditá-lo”, afirmou Barroso.

Como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Barroso convidou representantes das Forças Armadas para participarem da Comissão de Transparência, que analisa o processo de apuração eleitoral e o uso das urnas eletrônicas nas eleições deste ano.