Política

"Temos uma segurança pública de produção de cadáveres", diz Kleber Rosa

O pré-candidato garantiu que, caso seja eleito, irá adotar um modelo de segurança pública que valorize a categoria

Reprodução
Reprodução

Em entrevista ao programa Ligação Direta, da Salvador FM, na manhã desta sexta-feira (22), o pré-candidato ao Governo da Bahia pelo PSOL, Kleber Rosa, garantiu que, caso seja eleito, irá adotar um modelo de segurança pública que valorize a categoria, que implemente o salário de nível superior dos investigadores, escrivães e peritos técnicos. 

O postulante ao Palácio de Ondina, que é investigador da Polícia Civil há 22 anos, frisou que o modelo de segurança pública adotado pelas gestões petistas é direcionado na produção de cadáveres,  mas na gestão do PSOL a ênfase será a investigação criminal e a valorização dos servidores.  "A política conservadora implementada nas gestões de Rui Costa é focada na ação violenta, na política de Estado que produz mais violência com justificativa de que está combatendo a violência na Bahia. Por isso, precisamos compreender o racismo enquanto elemento estrutural da sociedade que legitima as opressões", pontuou o ativista do movimento negro, fundador do Movimento Policiais Antifascismo e do grupo Sankofa que tem como objetivo combater o racismo dentro da Polícia Civil.

Kleber Rosa, que também é professor de Sociologia da  Rede Estadual de Ensino e Cientista Social formado pela UFBA, salientou que a naturalização das mortes dos jovens negros  encontra-se alicerçada no racismo estrutural. "Quando um homem branco comete um crime as manchetes dos jornais colocam como jovens de classe média, eles não são taxados de imediato como traficantes. Mas o mesmo não ocorre quando o crime é cometido por um jovem negro, a cobertura midiática é diferenciada",  refletiu ao ressaltar que tem o dirigente nacional da sigla, Ronaldo Mansur, como vice na chapa.