O galpão que atingido por um incêndio na madrugada desta sexta-feira (15) e armazenava celulose funcionava irregularmente sem cumprir as medidas de prevenção às chamas.
De acordo com o chefe do Comando de Atividades Técnicas e Pesquisas do Corpo de Bombeiros da Bahia, Coronel Jorge Sturaro, a Companhia das Docas (Codeba) não tinha implementado medidas de combate a incêndios. Existe um documento com o projeto que nunca foi colocado em prática.
O Comando de Atividades Técnicas e Pesquisas explica que somente após o projeto ser executado é que o local recebe o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), documento que atesta a segurança do local. Segundo informações do G1, o relatório final só é aprovado após vistoria técnica.
"Para funcionar, um local como esse precisa de uma analise técnica do Corpo de Bombeiros, e precisa ter materiais como hidrantes, extintores, tudo que faça a prevenção ser realizada. Além de documentos que atestam que o estabelecimento está seguro", disse Sturaro.
"Eles deram entrada em 2019, após análise de um mês, devolvemos porque não atendia o que tinha no projeto. Em 2020, após mais um pedido, mais uma vez, nós dissemos que (o projeto) estava inconcluso e que faltavam equipamentos. No dia 5 de janeiro deste ano, eles fizeram um novo pedido e notificamos mais uma vez. Agora em abril, no dia 8 foi feito um outro pedido e vimos que estava dentro do contexto", complementou.
Segundo o Coronel, a Codeba recebeu nos últimos anos diversas notificações para que os problemas fossem resolvidos.
"Foram várias notificados. Chegamos a ter duas notificações no mesmo dia", ressaltou.
Além do Corpo de Bombeiros, foram mobilizados 11 viaturas e três navios rebocadores para auxiliarem no combate às chamas. Uma equipe seguia até a tarde deste sábado (16) fazendo o rescaldo da parte do galpão que foi afetada.
Cerca de 30% de toda a carga de celulose foi destruída. O foco de incêndio foi isolado para que não se alastrasse, mas toda a ára atingida ficou comprometida. O que não desabou deve ser demolido.