Antigo adversários, Lula (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB) vão marchar juntos na disputa pela presidência da República deste ano. O PSB oficializou nesta sexta-feira (8) a indicação do ex-governador para integrar a chapa.
Em reunião com os presidentes dos partidos, com participação dos dois candidatos, o petista elogiou o experiente Alckmin e se referiu ao ex-tucano como o seu "companheiro". Segundo Lula, a aliança é um gesto que mostra ao Brasil que é possível a conciliação de pensamentos diferentes.
"Feliz era este Brasil quando a polarização se dava entre PSDB e PT", declarou.
"Nós vamos precisar da minha experiência e da experiência do Alckmin para reconstruir o país, conversando com toda a sociedade brasileira […] Estamos dando uma demonstração muito forte ao Brasil hoje", acrescentou.
O ex-presidente afirmou ainda que o PSB irá participar da elaboração do programa de governo e da montagem do governo, se a chapa for vitoriosa. "Antes disso, a gente vai ter que combinar como ganhar as eleições", disse. As informações são da Folha de S. Paulo.
Em seu discurso, Alckmin falou em grandeza política e da necessidade de construir alianças.
"A política não é uma arte solitária. A força da política é centrípeta. Nós vamos somar esforços para a reconstrução do nosso país", ponderou Alckmin, relembrando a sua trajetória e de Lula, que viveram todo o processo de redemocratização do país e lamenta a escalada do autoritarismo no Brasil.
"É lamentável, presidente Lula, eu que entrei na vida pública como o senhor lá atrás para redemocratizar o Brasil, nós termos hoje um governo que atenta contra a democracia e atenta contra as instituições. […] O inverso de boas instituições é a autocracia. […] O resultado é a maior crise das últimas décadas", completou.