Política

Viúva de Adriano da Nóbrega diz que Flávio Bolsonaro manteve funcionário fantasma por mais de 10 anos

A conversa foi interceptada pela polícia civil em 2019, quando Adriano da Nóbrega estava foragido

Reprodução
Reprodução

Júlia Lotufo, a viúva do ex-policial militar Adriano da Nóbrega, antigo chefe do Escritório do Crime morto em operação na Bahia, afirmou em conversa telefônica gravada pela Polícia Civil, que o agora senador Flávio Bolsonaro (PL) manteve uma funcionária fantasma por 11 anos em seu gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

A conversa foi interceptada pela polícia civil em 2019, quando Adriano da Nóbrega estava foragido. Ela relata as reclamações de Danielle Mendonça, ex-mulher do miliciano, sobre as investigações do esquema de "rachadinha", e diz que a antiga esposa do seu marido tinha sido mantida como funcionária fantasma por Flávio por mais de uma década.

"Ela foi nomeada por 11 anos. Onze anos levando dinheiro, R$ 10 mil por mês para o bolso dela. E agora ela não quer que ninguém fale o nome dla? […] Bateram na casa dela porque a funcionária fantasma era ela, não eu", diz Júlia na gravação, segundo informações da Folha de S. Paulo.

Adriano da Nóbrega, morto em Esplanada em 2020 após um ano foragido, também é investigado no caso da "rachadinha", e as investigações mostraram que as contas bancárias controladas por ele eram utilizadas no esquema. Danielle foi uma das denunciadas. Neste período, ela recebeu entre R$ 3.000 e R$ 6.000.