O Governo da Bahia recebeu críticas da oposição sobre a forma de gestão da educação durante o período crítico da pandemia de Covid-19. O pré-candidato ao governo baiano e ex-secretário da Educação do estado, Jerônimo Rodrigues (PT) defendeu o modelo de gestão, no programa Ligação Direta, da rádio Salvador FM, na manhã desta quinta-feira (7).
“Nós tínhamos duas opções. Uma era enfrentar, abrir as escolas e deixar as pessoas morrerem, mas nós não fizemos isso, tivemos um limite”, explicou o pré-candidato. “A gente não vai ficar usando professor, estudante, indicadores para fazer política partidária. Nós fizemos com decisão firme do que era melhor para tomar conta de vidas e para se preocupar com a aprendizagem dos estudantes”, continuou.
Uma das críticas diz respeito à falta de aulas on-line durante o período. “Nós ainda temos um déficit muito grande de acesso à internet, a computadores, na vida, na casa dos estudantes. Nós tivemos sim o cuidado de só voltar às atividades semi-presenciais ou remotas, aquela que a gente faz no computador, quando nós tivemos a firmeza de que os estudantes e que os professores teriam condições de voltar às atividades, mas voltar com condições dignas, senão nós iríamos criar um fosso muito grande entre o que a gente ofereceria para os estudantes e o que não oferece ríamos.
Jerônimo citou os programas criados pelo governo para amparar os alunos durante os meses restritos. “Nós criamos programas de alimentação, pois os estudantes não estariam vindo para a escola. O vale-alimentação estudantil com R$55 para 800 mil estudantes. O cartão chegou em tempo hábil para que o menino, a família, a menina pudesse comprar comida, porque alguns não têm necessidade dos 55 reais, mas os nossos meninos da rede tem”, explicou. “Criamos um programa na sequência do Bolsa-Presença que são para os estudantes mais pobres”, completou.
O pré-candidato falou ainda sobre o retorno das aulas na modalidade semi-presencial. “Quando nós iniciamos as aulas, nós iniciamos com a certeza. Nós preparamos as escolas com protocolo. Escola com álcool em gel, com máscara, com distanciamento, com ventiladores, em todas as escolas”, disse.
Rodrigues reforçou a importância do diálogo entre a prefeitura e o governo para a educação. “Se não houver um regime de colaboração entre estado e município, a gente não consegue resolver o problema dos dados, dos indicadores da educação baiana”, afirmou.
“Os estudantes que chegam na rede estadual do segundo grau, eles têm a origem do município . Nós temos que estar com o município se ajudando para que o município possa ofertar um bom ensino para que quando chegar na rede estadual, no ensino médio, eles tenham uma boa preparação de aprendizagem. Porque se ele não tiver, em três anos a gente não consegue recuperar o processo de aprendizagem”, disse.
O pré-candidato se mostrou confiante na disputa. "Vai ter um professor governador do estado da Bahia para poder cuidar da educação. Não da educação da rede estadual, mas da educação do estado da Bahia”, afirmou.