O vereador Henrique Carballal (PDT), vice-líder do governo na Câmara Municipal de Salvador, rechaçou a acusação de infidelidade partidária, após aceitar o convite para coordenar a campanha de Jerônimo Rodrigues (PT) e Geraldo Júnior (MDB) ao Governo da Bahia. Ele anunciou que irá pedir licença do cargo e será substituído pelo suplente Randerson Leal (PDT), filho do deputado estadual Roberto Carlos (PDT).
Segundo Carballal, o partido viu ruir o acordo que tinha com o grupo do ex-prefeito ACM Neto, pré-candidato ao Palácio de Ondina pelo União Brasil, selado quando foi decidido o apoio ao nome de Bruno Reis (UB), com a indicação da vice-prefeita Ana Paula Matos para a chapa.
O PDT esperava que Neto apoiasse a candidatura de Ciro Gomes à presidência, oferecendo palanque para o ex-ministro na Bahia.
Carballal lembra que o ex-prefeito tenta se distanciar do PDT, inclusive solicitando que o seu nome fosse desassociado das pesquisas eleitorais ao de Ciro. Ele também enxerga a sigla cada vez mais distante de ocupar a vaga na majoritária, indicando um nome para vice, como o do deputado federal e presidente do PDT na Bahia, Félix Mendonça Jr.
"Está cada dia mais notável que o PDT não fará parte da chapa majoritária. Isso demonstra que, na verdade, não estão sendo honrados os acordos. Não tem porque pedirem o meu mandato, a minha opinião política, mesmo eu sendo do PDT, é pessoal. Onde houve infidelidade aí?", questionou o edil em participação no programa BN no Ar, nesta segunda-feira (4).
"Não significa que a vontade do partido deve ser imposta. Ser fiel partidariamente não significa que você é escravo das decisões tomadas pelo partido", acrescentou.