Bahia

Produtos e serviços ligados a Páscoa sobem 10,27%

De acordo com o calculo da Fecomércio-BA o tomate é o grande vilão com alta de 71,78%.

Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

A Páscoa de 2022 será salgada para o consumidor da Região Metropolitana de Salvador. Segundo cálculos da Fecomércio-BA, com base nos dados do IPCA, do IBGE, a cesta de produtos e serviços ligados ao período está, em média, 10,27% mais cara do que há um ano.

“Embora essa variação seja menor do que a média da inflação geral, de 11,92%, a variação superior a 10% tem um impacto imenso sobre o poder de compra das famílias”, destaca o consultor econômico da Federação, Guilherme Dietze. Em relação aos produtos específicos dos supermercados, por exemplo, o aumento médio é de 13,45%.

E o grande vilão é o tomate com crescimento anual de 71,78%. Questões climáticas justificam este aumento. E na sequência vem as cervejas com incremento de 22,75%, puxado pelo encarecimento dos insumos importados, derivados do trigo.

“E para quem pensa em fazer um prato de peixe, tradicional nesta época, pode aproveitar o preço dos pescados que subiram, em média, 4,55%, bem abaixo da média geral. O arroz registrou retração de 9,35% e a cebola teve um aumento de 4,45%”, destaca o economista.

Em relação ao chocolate, Dietze avisa que, “quem tiver na mente comprar o chocolate em barra ou bombom vai pagar um preço 13,28% mais caro do que há um ano”. Esse aumento foi causado pelos custos mais elevados da produção. Lembrando que a produção para a Páscoa é sazonal.

No campo dos serviços, a situação é mais amena. A alimentação fora do domicílio subiu em média 8,30% nos últimos 12 meses, abaixo da inflação geral. A refeição de bares e restaurantes, por exemplo, teve incremento de 9,15%. E pedir uma água ou refrigerante está 2,13% mais caro, variação pouco menor que a da cerveja, 5,13%.

De maneira geral, apesar da cesta da Páscoa está bem elevada, há opções que o consumidor pode escolher para amenizar os impactos da inflação.

“O arroz é um exemplo que pode ser mais aproveitado por estar com queda nos preços. A cebola é outro exemplo para aumentar a quantidade no prato e, por outro lado, deixar o tomate fora do cardápio deste ano”, pontua o consultor econômico da Federação.

Portanto, é importante que o consumidor pesquise e pechinche na hora da compra, tentando pagar – se possível – no PIX para conseguir descontos e ajudando a ter uma Páscoa com uma refeição completa e com chocolate para não faltar o produto tradicional do dia.