Bahia

Após caso de agressão, greve de professores continua em Feira de Santana

Manifestantes desocuparam a prefeitura nesta sexta

ACM
ACM

Os últimos manifestantes que ocupavam o Paço Municipal Maria Quitéria deixaram o prédio da Prefeitura de Feira de Santana, após liminar da Justiça, na tarde desta sexta-feira (1º). Entre os manifestantes estavam professores da rede municipal de Educação e a diretora da APLB, Marlede Oliveira. 

Durante o ato, que envolveu agressões por parte de guardas municipais, o assessor do vereador Jhonatas Monteiro estava impedido de sair do local. "Isso é natural do setor judiciário, o prefeito entrou exigindo a posse da Prefeitura, já estamos sabendo que a liminar está aí, porém nós saímos porque tem o nosso companheiro, o Rafael que estava aí desde de manhã detido, e disseram que só iriam liberar ele, quando a gente saísse. Então por isso que nós estamos de saída, porque não vamos admitir que o companheiro que estava junto com a gente aí na luta pudesse ficar mais, e agora está indo para delegacia, foi preso aí pela Guarda Municipal", explicou Marlede Oliveira, em entrevista ao Acorda Cidade.

Ela explicou ainda como começou a confusão. "Ontem [31] quando chegamos, era por volta de 11h30. Todos os professores que estavam junto conosco, entraram sem nenhum problema, até porque estávamos junto com os vereadores, pois pedimos apoio deles na Câmara Municipal. Para a nossa surpresa, chegaram viaturas da Guarda Municipal, todos mascarados, jogando spray de pimenta, brigas, pancadarias contras os vereadores e estamos aqui na luta. Eu faço parte disso, eu que dirijo esta entidade, tenho que ter total responsabilidade, entre um banho e a resistência, eu prefiro ficar com a resistência. Na próxima segunda-feira, teremos uma nova assembleia com a professora Anaci Bispo Paim, mas continuamos em greve, o que acabou aqui, foi a desocupação, iremos continuar lutando por nossos direitos e o prefeito é um homem sem diálogo. Ele foi eleito com o apoio dos vereadores de bancada, e hoje, todos são inimigos dele. Quero aqui dizer que ainda com meus 66 anos de idade, ainda tenho fôlego, tenho saúde e tenho resistência para fazer ocupação seja onde for", explicou.

O assessor do vereador Jhonatas Monteiro foi levado à delegacia escoltado pela Guarda Municipal, para registro de ocorrência policial. Segundo a prefeitura, ele agrediu um guarda municipal. A confusão generalizada acontece desde ontem e professoras também afirmam que foram agredidas pela Guarda Municipal.

Aconteceu uma perícia no local, na tarde de sexta-feira.