Política

Rui Costa vê "interferência" de Bolsonaro para rompimento do PP na Bahia

Governador diz que PP aproveitou a oportunidade com a "frustração" de João Leão, ao ver ruir as chances de ser governador da Bahia

Vagner Souza /Salvador FM
Vagner Souza /Salvador FM

O governador Rui Costa (PT) afirmou nesta terça-feira (29) que acredita na "interferência" do presidente Jair Bolsonaro para o rompimento do PP com a base do governo na Bahia, e consequente mudança de lado para o apoiar o grupo do ex-prefeito ACM Neto (UB).

Em evento para anúncio de obras de mobilidade e saneamento, no dia de aniversário de 473 anos da cidade de Salvador, Rui ponttuou que o PP, ligado ao centrão, aproveitou a oportunidade com a "frustração" de João Leão, ao ver ruir as chances de ser governador da Bahia.

"Eles tem o presidente do partido que é ministro-chefe da Casa Civil da presidência da República, o presidente da Câmara dos Deputados. Eles tiveram uma influência grande e se aproveitaram, eventualmente, da frustração desse desejo do vice de sentar na cadeira do governador, para fazer o rompimento", criticou o gestor, que voltou a falar sobre o assunto em entrevista à rádio Metrópole, nesta quarta-feira (30).

O episódio, na visão do petista, serviu para acentuar as diferenças e marcar o que será o mote da campanha na Bahia: a turma de Lula contra os bolsonaristas.

Rui explica que o grupo ligado a ACM Neto são os que também estão mais próximos de Bolsonaro e que "controlam os cargos" do presidente no estado.

"Ficou mais claro para o povo, que de um lado está a turma do Bolsonaro, e do outro a turma do Lula. O movimento do PP ajudou a esclarecer isso à população", completou.