A briga para ocupar a posição de vice na chapa de ACM Neto pelo Governo da Bahia segue intensa. O presidente do Republicanos no estado, o deputado federal Márcio Marinho, admitiu em conversa com o Portal Salvador FM que a sigla não vai abrir mão de ocupar o espaço no grupo.
O partido perdeu o ministro da Cidadania, João Roma, que se filiou ao PL, e que colocou a sua pré-candidatura para representar o bolsonarismo na Bahia. Um dos motivos da sua saída foi a persistência de Marinho em assegurar uma posição ao lado de Neto — o que não está garantido caso a sigla não tenha a vice na chapa.
Com a mudança de lado do vice-governador João Leão (PP), que deixou a base do governo Rui Costa (PT) para apoiar o ex-prefeito ACM Neto, a sua já candidatura ao Senado está desenhada, restando ao Republicanos pleitear o seu lugar.
"Estamos conversando bastante para a composição acontecer com o Republicanos. A gente não abre mão de estar na chapa e até o dia 2 de abril muita coisa pode acontecer […] o espaço aberto hoje é a composição de vice e o partido não abre mão de estar nesse espaço, ajudando na majoritária e apresentando uma candidatura forte", justificou.
ESCÂNDALO NO MEC
Membro da bancada evangélica na Câmara Federal e líder religioso, Márcio Marinho pede cautela na análise sobre o caso de Milton Ribeiro no Ministério da Educação.
Ele é acusado de montar um balcão de negociações na pasta, com interferência de pastores, que influenciava no repasse de recursos aos municípios.
"Acho que ele terá a oportunidade de fazer a sua defesa, se não tiver nenhum comprometimento com o que aconteceu, poderá se defender", disse.
Marinho pede ainda que os atos individuais sejam diferenciados e que não é o "título de pastor" que deve ser julgado em casos como esse.
"Mesmo que tenha um título de pastor, ninguém está aqui pedindo proteção para absolutamente ninguém. Seja pastor, seja de outra religião, que seja um cidadão comum. Se cometeu algum crime, uma vez comprovado, tem que punir. Só não pode colocar todo mundo em vala comum", criticou.
O deputado evitou ainda comentar sobre o possível afastamento de Ribeiro.
"Não sou o presidente da Repúblia. A depender do que aconteceu, ou não, o próprio acusado, se não sentir condições de estar naquele espaço, pode pedir afastamento", ponderou.