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Tia Má denuncia racismo em mercado, após ser perseguida por segurança

Episódio aconteceu nesta segunda (21), no GBarbosa. O estabelecimento ainda não se pronunciou sobre o assunto

Reprodução/Redes Sociais
Reprodução/Redes Sociais

A jornalista Tia Ma publicou, em seu Twitter, uma situação de racismo que viveu no supermercado GBarbosa, em Vilas do Atlântico, nesta segunda-feira (21). Segundo a influenciadora, ela foi perseguida por um segurança do estabelecimento, enquanto fazia compras.

"Fui ao mercado e um segurança me seguia. Ia atrás de mim e eu com medo dele estar me assediando. Até que me dei conta que era o racismo nosso de cada dia. Estava sendo discriminada por ser suspeita. Aquilo foi me dando um desespero. E é assim que a gente enlouquece. Porque não precisa nada ser dito. É o olhar, a perseguição. A abordagem é sempre a mesma. Nos seguem e nos olham como marginais em potencial", relatou Tia Má.

Em seguida, ela começou a gritar, pedindo para parar de ser seguida e pediu para falar com a gerência. "É preciso que as lojas entendam que a segurança, mesmo que terceirizada, é responsabilidade das redes. Ao falar com a gerente, que primeiro tenta negar o fato, mas ao perceber que eu não era uma pessoa desinformada, ela concordou e disse que falaria com o funcionário. Mas fiz questão de reafirmar que não é um problema dele e sim da loja, pois se ele está a serviço do mercado, é a própria rede que estava me seguindo e me colocando como suspeita", explicou.

Em seu Instagram, a influenciadora compartilhou o print de uma conversa com o GBarbosa, onde ela relata o ocorrido. “Absurdo o treinamento oferecido a equipe de vocês, que trata gente preta como suspeita. Discriminada na loja Vilas do Atlântico da rede de vcs! Um homem, o que já é errado, seguindo uma mulher. Me senti coagida, foi preciso gritar q não iria roubar para que o ‘segurança’ parasse de me seguir. Não adianta dizer que esse é um serviço terceirizado, pois se estão atuando dentro do mercado, representa aquilo que o mercado defende e após o meu post, já percebi que essa é uma prática constante dentro da loja! É assim que nos matam e é preciso repensar qual é o tipo ‘suspeito’, pois historicamente sabemos quem rouba mais!”, escreveu.

Ela compartilhou também uma foto com uma seguidora e disse que só parou de ser perseguida, após ter sido reconhecida por ela: “Você me salvou”.

De acordo com a publicação do Extra, o Ceconsud, que é responsável pela administração do Gbarbosa, ainda não se pronunciou sobre o caso.