Política

Solla prevê dificuldades de Bolsonaro na Bahia: "Vai fazer campanha com quem não quer falar seu nome?"

Deputado diz que ACM Neto não deve se apoiar em Ciro Gomes (PDT) pela falta de votos, enquanto que uma aproximação com Bolsonaro também é complicada

Gustavo Lima/Câmara dos Deputados
Gustavo Lima/Câmara dos Deputados

Empolgado com o resultado divulgado da pesquisa eleitoral para o Governo da Bahia, publicada nesta segunda-feira (21), o deputado federal Jorge Solla (PT) afirmou que o ex-prefeito ACM Neto (UB) vai ter dificuldades com a tendência de nacionalização do pleito neste ano.

Segundo Solla, o presidenciável Ciro Gomes (PDT), com quem Neto tem uma costura nacional que passa pelo apoio do PDT no estado, não tem capacidade para puxar voto, assim como o caso do ex-juiz Sergio Moro, pré-candidato pelo Podemos.

Neste cenário, só sobraria ao lado de ACM Neto o presidente da República, Jair Bolsonaro. Solla lembra que os aliados de Neto e deputados do seu partido, votam sempre a favor do governo no Congresso Nacional, além de ter apoiado o impeachment de Dilma Roussef em 2016.

O problema, contudo, será fazer ACM Neto apoiar publicamente Bolsonaro.

"[Bolsonaro] Vai fazer campanha com quem não quer nem falar o seu nome? Complicado.", pondera o ex-titular da Sesab.

Diante desta dificuldade, a candidatura de João Roma (Republicanos) surge como alternativa para que Bolsonaro garanta espaço na Bahia. No entanto, Solla ressalta que será difícil que o presidente consiga se fortalecer, já que como adversário de Neto, Roma ficaria sem um palanque oficial.